Começando...

A dor sempre fez parte da minha vida.
Parece dramático, mas não é - é apenas um fato.
Sempre senti dores no corpo muito fortes, e desde pequena ouvia meus amigos dizendo "deixa de ser fresca", "parece uma velha" e brincadeirinha do tipo. Então, eu simplesmente me acostumei.

Nunca me passou pela cabeça que as outras pessoas não sentiam a mesma coisa. Eu achava normal alguém ter dores nas costas e nos braços. Sempre achei que meu cansaço excessivo era "preguiça" ou "frescura" minha. As dores nunca foram muito fortes, mas sempre constantes. Poucas vezes deixei de fazer algo com meus amigos por causa delas - mas confesso que isso já aconteceu.

No ano passado, meu organismo começou a reclamar mais do que o normal. Dores estomacais muito fortes, sem sentido aparente. Eu não conseguia mais dormir, passava o dia inteiro feito um zumbi. Sem contar meu nível de stress e irritabilidade. Mas, para mim, era tudo normal.

Até o dia que minha mãe me perguntou:
- Você já ouviu falar de fibromialgia?

Claro que não tinha ouvido falar. Mas fui imediatamente pesquisar no Google, e fiquei chocada.
Ao ler os sintomas, todos clínicos, a impressão que eu tive é que estavam me descrevendo. Mas não quis ser hipocondríaca e resolvi marcar um médico antes de chegar a qualquer conclusão. Só que eu marquei o médico errado!

Dores na coluna = ortopedista, certo?? ERRADO!
Eu não tenho nada na coluna (quase nada). Meu problema é reumatológico. Mas qual é o amigo que, aos 28 anos vai saber te indicar um bom reumatologista?
As pesquisas na internet me revelaram que a síndrome não é muito bem aceita por alguns profissionais, então era importante buscar um bom especialista.

Foi aí que começou a minha busca por um bom médico!